Listão

Edição que comemora os quinze anos da revista do IMS, traz textos e ensaios de autores como Hilton Als, que reflete sobre o cantor Prince, gênero e negritude; de Elvia Bezerra sobre a experiência da surdez; de Alejandro Zambra sobre a amizade escritor-editor; de Djaimilia Pereira de Almeida, colunista da Quatro Cinco Um, sobre o termo “mulata”; e mais.

Conduzido por dois físicos e professores do Departamento de Física da UFMG, que apresentam temas da ciência com linguagem acessível, descreve a formação, estruturação e evolução do Universo até o que se conhece na atualidade: desde a formação de estrelas, buracos negros e buracos de minhoca, até suas representações em filmes de ficção científica.

Revisita as quatro décadas de atuação do psiquiatra genovês Paolo Milone na área de Psiquiatria de urgência, ao descrever os processos e as relações paradoxais entre a medicina e a doença mental — ora terna, ora dolorosa —, que se apresentaram em sua vida e nas de seus pacientes.

Narra a jornada de Mika Suzuki, que, após receber um telefonema da filha que deu para adoção quando era adolescente, tenta conciliar a maternidade, a autonomia sobre o próprio corpo e a revelação de um segredo à sua tradicional família japonesa.

Autor de O abismo vertiginoso: um mergulho nas ideias e nos efeitos da física quântica (Objetiva, 2021), o físico italiano e especialista em gravidade quântica explica sobre o tema que vem sendo seu objeto de pesquisa há alguns anos: a existência e o funcionamento dos buracos brancos, estranhas estrelas que seriam capazes de expelir toda a matéria a sua volta e onde as noções de tempo, espaço e singularidade parecem colapsar.

Romance de estreia do autor inglês, e vencedor dos prêmios Costa e British Book, relata o encontro amoroso de dois jovens artistas negros e britânicos que recebem bolsas de estudo em colégios particulares de Londres (onde o autor, filho de imigrantes ganeses, nasceu), enquanto são atravessados pelas noções de masculinidade e os sentimentos de não pertencimento e medo diante da violência com que o mundo enxerga um corpo negro.

A partir de uma postagem da escritora Sinara Rúbia Ferreira, que vivenciou uma situação incômoda ao receber olhares quando estava usando turbante, a coletânea organizada pela escritora e pedagoga carioca Sonia Rosa reúne depoimentos e textos autobiográficos de dezessete pensadores que refletem sobre o racismo na sociedade brasileira: da violência do dia a dia ao reconhecimento e combate de comportamentos racistas e segregadores que acontecem cotidianamente.

No primeiro volume da coleção Patrimônio Gráfico — que integra o programa Brasil em Quadrinhos, da Bienal de Quadrinhos de Curitiba e Instituto Guimarães Rosa —, o ilustrador, quadrinista e capoeirista mineiro Felipe Maldonado utiliza de elementos estruturais da capoeira, prática cultural afro-brasileira surgida durante o período da escravidão e reconhecida em 2014 como patrimônio cultural imaterial da humanidade, para tecer uma ligação entre Brasil e Guiné-Bissau, na vila de músicos Tabató, onde vive o povo mandinga. A HQ relata as origens lúdicas no círculo onde são realizados os jogos de capoeira, marcadas como uma festa e como um espírito de resistência contra opressores.

A repórter especial da Folha de S.Paulo, autora de Talvez ela não precise de mim: diários de uma mãe em quarentena (Todavia, 2020), relata as principais características da fé evangélica no Brasil nas últimas três décadas, desde as trajetórias dos fiéis e líderes religiosos eminentes e anônimos à expansão das igrejas e crescimento da parcela protestante no país, bem como seus fundamentos e visões de mundo e seu envolvimento histórico com a política, economia e cultura.

Com prefácio do filósofo e escritor Ailton Krenak, que tomou posse na Academia Brasileira de Letras (ABL) na última sexta-feira, 5 de abril, o antropólogo e ativista Beto Ricardo revisita as memórias de sua contribuição e luta em defesa dos povos indígenas e da preservação ambiental, escritas com o jornalista Ricardo Arnt. Traçando a história do socioambientalismo brasileiro, reúne também relatos de bastidores do movimento indigenista e as contribuições de figuras como Darcy e Berta Ribeiro, Davi Kopenawa, Lula, Marina Silva, Milton Nascimento e Gilberto Gil, entre outros.

Primeiro livro de uma trilogia inspirada na própria história da escritora franco-marroquina, autora de Canção de ninar (Tusquets, 2018), vencedor do prêmio Goncourt, e de O perfume das flores à noite (HarperCollins Brasil, 2023). A trilogia começa na década de 50 e segue até os anos 2000.

Primeira graphic novel da quadrinista, ilustradora e tradutora. Autora de, entre outros, Não nasci sabendo (Harvi, 2022) — que lhe deu o prêmio Cidadania em Respeito à Diversidade LGBT+ — e de uma tese de mestrado sobre as obras da quadrinista norte-americana Alison Bechdel, Zouvi usa em Pigmento referências que vão de Virginia Woolf e Ana Cristina César a Jung e Paul B. Preciado para contar a história de amor entre uma jovem tatuadora e uma restauradora de livros.